Pós-jogo semana 5: Derrota para o Chicago Bears
Outra semana, outro blowout. Uma derrota era, em verdade, esperada. A defesa dos Bears é uma das melhores contra o passe, enquanto a dos Panthers é uma das piores da NFL em diversas métricas (pressões obtidas, tackles perdidos, grau de queimadura na secundária rs etc.). Agora, perder por 26 pontos depois de abrir o placar? Dolorido após o time competir bem nas últimas duas semanas.
O JOGO
Carolina, pela terceira semana seguida, teve a primeira posse de bola do jogo, a qual não evoluiu. Os Bears, por sua vez, também não aproveitaram sua posse inicial, tendo Caleb Williams sido sackado por Charles Harris. Após um punt relativamente curto, Raheem Blackshear recepcionou o chute na linha de 38 de CAR e o retornou até quase o meio do campo, conferindo ao ataque uma boa posição de campo.
Andy Dalton e a ofensiva dos Panthers pareciam que não aproveitariam a vantagem territorial quando Carolina se viu diante de uma 4ª para 1. Diontae Johnson conseguiu a conversão pelo jogo terrestre, mantendo a campanha viva. Na jogada seguinte, Chuba Hubbard sprintou até a endzone para um TD de 38 jardas! Carolina 7 a 0.
Os Bears responderam com velocidade. 7 jogadas e 70 jardas em 3’10”. Sem sequer encarar uma terceira descida na campanha, Caleb Williams encontrou D.J. Morre para um fácil TD de 34 jardas. 7 a 7.
Dali para frente, só para trás. Um segundo quarto para esquecer… Comparemos as próximas quatro campanhas de cada time.
Carolina: punt, punt (three-and-out), fumble de Tommy Tremble e turnover on downs para ganho total de 35 jardas, 2 first downs e uma falta de Too Many Me on the Huddle.
Bears: TD, turnover on downs, TD, TD, para ganho total de 222 jardas, 11 first downs (14, se contarmos os 3 TDs), e braggin rights do D. J. Moore depois de seu segundo TD no jogo. Placar: 27 a 7, sendo 20 a 0 no segundo quarto.
Antes do intervalo, em campanha que começou com meros 24 segundos no relógio e na linha de 30 jardas, ainda deu tempo para Eddy Piñeiro errar um FG de 45 jardas.
Na volta do intervalo, nada sob o sol. Esperava-se que os Bears priorizassem o jogo terrestre, mas sem deixar de usar os passes, enquanto os Panthers teriam que arriscar um pouco mais.
Após a defesa forçar um raro three-and-out, o ataque cometeu um turnover. Andy Dalton foi interceptado em passe destinado a Jonathan Mingo. Balde de água fria. As equipes trocaram Field Goals deixando o jogo 30 a 10.
Após uma sequência de punts, o ataque de Carolina novamente entregou a paçoca. Chuba Hubbard sofreu um fumble, posicionando o ataque dos Bears na redzone. Os Bears não perdoaram e ampliaram o placar: 36 a 10 depois de uma fracassada tentativa de dois pontos.
Faltando 4’15” para o fim do jogo e com a derrota já sacramentada, Bryce Young entrou para liderar os Panthers em sua última campanha. Em que pese ser garbage time, Young não foi mal. Iniciou a campanha com duas conversões seguidas de primeira descida com passes de 27 e 16 jardas. O ataque avançou até a linha de 8 jardas dos Bears quando enfrentou uma 4ª para 2 jardas. Infelizmente, o desfecho foi o mais apropriado à trajetória de Young. Ele foi sackado e turnover on downs.
Fim de jogo: Chicago 36 x 10 Carolina.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Positivos
Raheem Blackshear. Quando teve oportunidade de retornar chutes, Blackshear cumpriu seu papel, tendo um bom retorno para 43 jardas e média de 33,7 jardas em kickoffs.
Jalen Coker. O novato teve bom jogo com 4 recepções em 4 targets, obtendo 68 jardas, incluindo uma recepção para 31 jardas.
Negativos
Defesa. Novamente, a defesa ficou aquém do mínimo necessário para que o time compita. A defesa dos Panthers é composta por um grupo de jogadores renegados que apenas nós, torcedores, a coaching staff dos Panthers e os familiares dos jogadores conhecemos. Ainda, assim, algo tem de ser feito, especialmente no segundo quarto (vide jogo contra os Bengals). Desta vez, ao menos conseguimos um sack. Mas não houve jogo em que os Panthers tenham cedido menos de 22 pontos. É de horrorizar. Halloween já chegou.
Turnovers. Um ponto muito positivo do ataque dos Panthers sob o comando de Andy Dalton vinha sido proteger a bola. Saldo de +1 até este jogo. Em que pesem críticas à arbitragem, -3 de turnover ratio fora de casa contra uma boa defesa é receita para o fracasso.
Lesões. Nós pós-jogos anteriores evitamos dar muito enfoque em lesões para não apagar os demais pontos relevantes. Mas agora temos que falar. Jadeveon Clowney (ombro), Taylor Moton (cotovelo), Austin Corbett (biceps), Tommy Tremble (concussão no fumble), Xavier Legette (ombro), além da perda temporária de DJ Johnson. Considerada a fluidez na posição de TE, são cinco titulares de um time de elenco questionável. Isto sem falar em perdas anteriores: Adam Thielen, Shaq Thompson, Derrick Brown…
Acabou que o revenge game foi do DJ Moore (à la Steve Smith nos Ravens) e não do Andy Dalton. Os Panthers seguem sob muita pressão, com lesões acumuladas e esperanças lá embaixo. É esperar para ver o que o Kirk Cousins fará com nossa defesa na semana que vem.
Os Panthers voltam a campo no próximo domingo, dia 13 de outubro, no Bank of America Stadium, em Charlotte/NC, contra os Falcons, às 17h25min (Horário de Brasília).
#KeepPounding
Texto de Kim Diz