Pós-jogo semana 4: Derrota para o Cincinnati Bengals
Não deu! Infelizmente, ontem, 29/09/2024, os Panthers foram novamente derrotados em casa, desta vez para o Cincinnati Bengals por 34 a 24. Muito embora o placar indique uma vitória por duas posses de bola, esta não foi a história da partida.
O JOGO
A primeira parada da “Andy Dalton Revenge Tour 2024” trouxe consigo muita antecipação: seria Andy Dalton outro “one hit wonder” ou os Panthers realmente possuem um ataque capaz de competir?
A primeira posse da partida foi dos Panthers. Andy Dalton e seus companheiros marcharam o campo de forma semelhante ao que fizeram em Las Vegas semana passada. Conversões de terceiras descidas, passes verticais e tentativa de estabelecimento do jogo terrestre com Chuba Hubbard. Porém, a campanha não gerou pontos. Apesar de uma primeira para o gol na linha de 2 jardas de CIN, a defesa visitante impediu o touchdown e conseguiu o turnover on downs.
A defesa, então, entrou em campo. Os Bengals já davam sinais de que o matchup de seu ataque era favorável contra a defesa dos Panthers, especialmente sem Derrick Brown na linha defensiva de Carolina. No entanto, a defesa dos Panthers forçou o punt.
A segunda campanha dos Panthers foi trágica. Na sexta jogada do drive, uma terceira para 8 jardas, a proteção falhou pelo blind side e Andy Dalton foi atingido ao lançar seu passe. Cincinnati interceptou o lançamento e conseguiu retorná-lo até a redzone dos Panthers. Um balde de água fria, sem dúvidas! Apesar do desenvolvimento dos drives – terceiras descidas não assustam tanto como há 15 dias –, o ataque deixou o campo com dois turnovers (downs e INT).
Os Bengals aproveitaram o campo curto e anotaram em uma corrida de Chase Brown: 7 a 0.
O que se viu após a abertura do placar foi um tiroteio. As próximas quatro campanhas resultaram em touchdowns.
Os Panthers não se intimidaram com os turnovers e, como vem fazendo desde Las Vegas, desceram o campo: 11 jogadas, 70 jardas. Na primeira para o gol na linha de 3 jardas, Chuba Hubbard anotou! 7 a 7.
À medida que o ataque movia a bola, a defesa dos Panthes falhava. A campanha dos Bengals foi rápida e certeira. Em uma terceira para 3ª para 3 no campo de defesa, Jow Burrow encontrou Ja’ Marr Chase no meio do campo. O habilidoso WR quebrou todos os tackles possíveis e imagináveis, brincando de pinball com a secundária dos Panthers, resultando em um lamentável TD de 67 jardas. 14 a 7.
Mais uma vez, após 11 jogadas e 70 jardas, Carolina empatava o jogo. Andy Dalton encontrou o calouro Xavier Legette para um TD de 8 jardas! Xavier Legette comemorou simulando uma cavalgada (!?!) em outra demonstração de que o ataque dos Panthers sabe cruzar o campo. 14 a 14.
Joe Burrow e a ofensiva visitante retomaram a posse de bola na sua própria linha de 34 jardas, faltando 1’02” para o fim do primeiro tempo. A defesa dos Panthers, por sua vez, permaneceu batendo pino. Após permitir um passe para 39 jardas que colocou a bola na linha de 21 CAR, o time pediu um tempo em situação evidente de spike. Dali para frente, só para trás. Duas interferências no passe pavimentaram o caminho para mais um touchdown dos Bengals. 21 a 14. Bora para o intervalo.
Os Bengals receberam o kickoff de abertura do terceiro período e pareciam obstinados a abrir dois TDs de vantagem. Das oito primeiras jogadas da campanha dos Bengals, apenas uma não teve ganho igual ou superior a 8 jardas. A campanha culminou com outro TD de Chase Brown. 28 a 14.
Dali em diante, os times trocaram seus primeiros three-and-outs até a posse da bola retornar para Carolina. Com o relógio passando e encarando uma 4ª para 3 em seu próprio território, os Panthers acionaram a capacidade de passador de seu punter Johnny Hekker em um fake punt corajoso. Infelizmente, o passe foi incompleto, mérito do calouro Daijahn Anthony dos Bengals.
A defesa de Carolina, com campo curto a defender, até apareceu e impediu o first down. Porém, a posição de campo era muito favorável aos Bengals e um FG foi anotado: 31 a 14.
Carolina, perdendo por três posses de bola, encarava mais um início de drive na sua própria linha de 30 jardas. Um TD rápido era imperativo para se manter com chances na partida. Não obstante, Carolina não desistiu do jogo corrido. Chuba Hubbard abriu o drive com uma corrida para 38 jardas. Quatro jogadas depois, Andy Dalton encontrou Diontae Johnson para um TD de 21 jardas. Em 1’59”, Carolina diminuía o prejuízo: 31 a 21.
Sendo realistas, temos que admitir que os Bengals estavam com a defesa dos Panthers no bolso. Cincinnati sabia o que chamar e o que fazer. Convertendo uma sequência de terceiras descidas, os Bengals já estavam em território de Carolina quando Xavier Woods interceptou Joe Burrow.
Novamente com a bola, Carolina precisava de mais uma campanha rápida e efetiva. Focando no jogo aéreo, os Panthers anotaram um Field Goal para deixar o jogo apertado: 31 a 24.
Após mais uma troca de punts, os Bengals ainda anotaram mais um TD, dando números finais à partida: 34 a 24.
O jogo foi muito equilibrado. Os Panthers tiveram 375 jardas totais; Bengals 373. Ambas as equipes obtiveram 24 first downs e converteram 7 terceiras descidas cada. Uma pena as duas primeiras campanhas de Carolina terem o desfecho que tiveram.
Não obstante, o ataque se mostrou competitivo, sustentou drives e anotou 24 pontos.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Positivos
Ataque. Atrás do placar e com frustrações iniciais, o ataque dos Panthers manteve a equipe na partida pouco se deixando abalar. Chuba Hubbard teve outro jogo para mais de 100 jardas terrestres. Andy Dalton não sofreu tecnicamente sack algum. O ataque deu esperanças à torcida.
Negativos
Defesa. A defesa conseguiu parar algumas campanhas dos Bengals, mas, ao fim e ao cabo, foi a vilã. Tackles perdidos, jogadas verticais permitidas, nenhum sack e uma sensação de que um esforço defensivo um pouco melhor poderia mudar o desfecho da partida.
Os Panthers e a “Andy Dalton Revenge Tour 2024” voltam a campo no próximo domingo, dia 06 de outubro, no Soldier Field (Chicago, IL), para enfrentar DJ Moore e o Chicago Bears, às 14h (horário de Brasília).
#KeepPounding
-Texto escrito por Kim Diz